Nesta terça-feira (23/5), às 18h30min, o prefeito Tauillo Tezelli será recebido na Acicam para apresentação de documento com Indicadores e Metas 2018/2021, elaborado a partir de várias reuniões feitas com autoridades vinculadas às áreas da saúde, educação, desenvolvimento econômico sustentável, segurança pública e gestão pública. No evento também será entregue ao chefe do poder executivo uma proposta para a reformulação do Conselho de Desenvolvimento de Campo Mourão (Codecam).

   O encontro é aberto à comunidade e Márcia Santin, consultora e ex-diretora executiva do Conselho de Desenvolvimento de Maringá (Codem), fará a apresentação das propostas. É esperada a participação de membros das diversas instituições locais que participam da mobilização desencadeada pelo Projeto Tâmara, além de lideranças da comunidade e autoridades.

   No evento serão apresentados indicadores oficiais e as metas propostas para inclusão no próximo PPA de Campo Mourão para cinco áreas: educação, saúde, segurança, gestão pública e desenvolvimento econômico sustentável. A elaboração do PPA é uma exigência estabelecida na Constituição Federal e constitui-se num plano de médio prazo, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelos gestores  públicos. A exigência se aplica aos governos federal, estadual e municipal.

   A iniciativa da elaboração das propostas foi do Projeto Tâmara e seus parceiros, mas a condução da coleta e discussão de metas envolveu muitas entidades, instituições de ensino superior, conselhos municipais, técnicos da prefeitura, sindicatos, órgãos de segurança, dentre outros. A primeira etapa da iniciativa ocorreu com a mobilização e sensibilização da comunidade para a importância e alcance do PPA para o desenvolvimento do Município, especialmente em função do momento crítico vivido pela cidade.

   Na sequência foi contratado um instituto que levantou indicadores oficiais referentes ao Município em diferentes áreas, que foram apresentados à comunidade. No final de abril e no início de maio foram realizadas reuniões setoriais com pessoas e autoridades relacionadas a cada área para definir propostas. Também aconteceram reuniões para discussão e validação das propostas que agora serão oficialmente entregues ao poder público local.

   Com a adoção do PPA tornou-se obrigatório ao poder público planejar todas as suas ações e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos previstos na redação do PPA

para o período vigente. O próximo PPA será elaborado em 2017 para aplicação em 2018/2021. O PPA é dividido em planos de ações e cada plano deve conter: objetivo, órgão do Governo responsável pela execução do projeto, valor, prazo de conclusão e fontes de financiamento, por exemplo.

   Segundo a coordenação do Projeto Tâmara, a iniciativa objetiva estimular o poder público municipal a aproveitar a oportunidade e a exigência legal de elaboração do PPA para estabelecer um verdadeiro planejamento estratégico para o município, levando em consideração as reais necessidades da população, a responsabilidade fiscal e as boas práticas de gestão pública.

   Face ao déficit orçamentário noticiado pela mídia local é importante reforçar as boas práticas de gestão, considerou Nelson Botega, ex-presidente da Associação Comercial e Industrial (Acicam).

   Outro objetivo da iniciativa do Tâmara é o de aproximar a sociedade civil organizada do poder público, por meio da reformulação do Conselho de Desenvolvimento de Campo Mourão. Atualmente o referido conselho possui ação limitada e pouco contribui para o desenvolvimento da cidade.

   A proposta a ser apresentada ao prefeito busca rever o formato do atual conselho para  reformatá-lo aos moldes do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). Naquela cidade, a sociedade civil tem assento no órgão e contribui com ideias e parcerias para o desenvolvimento de médio e longo prazos do município, avalia Wilson Isolani, empresário associado à Acicam..

Tâmara

   O Projeto Tâmara foi criado pelo Instituto de Responsabilidade  Social Cruzeiro do Sul no início de 2016, com o apoio as Lojas Maçônicas. Atualmente conta com a participação também da Acicam, do Observatório Social, Faculdades Integrado, Unespar, Unicesumar, Utfpr, sindicatos, clubes de serviços, associações classistas, Agenda 21 local, dentre outras entidades.